Tallyta Bione fez de cada recusa um degrau. De fato, sua história revela um percurso onde o “não” funcionou como combustível, jamais como barreira. Presidindo a Associação dos Advogados Previdenciaristas de Pernambuco (AAPREV) pelo terceiro mandato consecutivo, ela personifica a resiliência de quem ouviu negativas de instituições onde hoje sua presença é central.
Superando Desafios Institucionais
A primeira recusa veio da OAB, que exigiu um “notório conhecimento” que julgaram que ela não possuía. Em seguida, a segunda veio da própria AAPREV, onde sua ascensão ocorreu sem o apoio de antecessores. A resposta a essas portas fechadas, contudo, se materializou em um lema: “meu trabalho fala por mim”. E ele falou alto.
Liderança e Reconhecimento
A advogada que saiu de Salgueiro, no sertão, para estudar no Recife, fundou o Tallyta Bione Advogados, hoje com três sedes, ao lado da sócia Conceição Trajano. Sua maior inovação, segundo ela, foi “enfrentar os desafios em uma profissão majoritariamente masculina e mostrar para as colegas que é possível se posicionar”. Como resultado, o reconhecimento por essa postura veio através de moções de aplauso, da Medalha Tobias Barreto e do prêmio Myrthes Gomes de Campos.
Redefinindo Padrões na Advocacia
Atualmente, ela é a única mulher especialista em Direito Previdenciário a integrar o Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP), uma instituição centenária. A profissional a quem um dia disseram faltar notório saber hoje coordena turmas de pós-graduação. Dessa forma, redefine padrões de liderança e prova, com resultados concretos, que competência não conhece gênero ou origem. Por fim, seu caminho demonstra como a recusa pode ser o ponto de partida para um sim mais potente e duradouro.
