Foto Bruno Castanha
Conte um pouco sobre você, sua trajetória e quem você é hoje?
AD – A forma que eu me apresento é como um médico que descobriu a medicina depois de vários anos. Ao terminar o curso eu não consegui me identificar com nenhuma área específica. Achava fantásticas várias especialidades, interessantes, mas achava que não eram para mim. Não consegui me identificar com o modelo de tratar doenças. Achava bacana, “se ficar doente vou precisar tomar remédio”… mas faltava algo. Aí me lembro de um quadro marcante durante as minhas palestras que foi quando eu me formei eu fui a um banco abrir uma conta e a minha gerente perguntou: Qual o seu desejo? O que você quer? Qual a sua perspectiva de investimento e etc. E aí fiz uma pergunta que traduz o quanto eu tinha de falta de identificação com o próprio curso. Eu disse: o quanto eu preciso trabalhar para juntar dinheiro e o mais rápido possível me aposentar. Ela disse: “meu filho, mas você se formou semana passada!” Aí eu disse: “Exatamente. Me diga, o quanto eu preciso juntar para aplicar e me aposentar?”. Ao longo dos anos eu trabalhei, fiz algumas especializações, mas aproximadamente a três, quatro anos atrás, quando eu me deparei com este modelo de medicina que promove antes de pensar na doença, mas numa promoção de saúde e uma mudança de estilo de vida ao pensar em remédio foi aí que me identifiquei. Durante todo o período que trabalhei como médico eu não conhecia e não fazia ideia que tinha algo que fosse tão completo. Aí foi quando eu passei a me dedicar e trabalhar exclusivamente com isso. Fui buscar todos os cursos possíveis, os melhores no Brasil nessa área… de promoção de saúde, de ajudar as pessoas a mudar a mentalidade, ajustar todo um contexto alimentar, metabólico e hormonal para você ter uma melhor composição física e mais saúde… aí veio aquele brilho nos meus olhos novamente e aí eu também fiz durante este período uma pós-graduação em psiquiatria. A ideia principal não era trabalhar com tratamentos de patologias, mas poder entender um pouco da questão mental e de que forma poderia trabalhar isso com a medicina de estilo de vida.
Qual foi sua formação específica de medicina?
AD – Eu me formei na Universidade de Pernambuco (UPE) e fiz minha pós-graduação em psiquiatria em Brasília. Depois uma pós-graduação em nutrologia e outra em medicina funcional, que seria essa medicina voltada para o estilo de vida. Depois fiz alguns cursos em medicina ortomolecular, algumas extensões em medicina esportiva e aí as coisas foram agregando. Percebi que poderia ser um instrumento para pessoas para modificar o estilo de vida, mas tentando focar no que aquela pessoa tem como objetivo de vida e propósito. Então eu seria um catalisador deste processo. Se o cara está sentindo mal, com pouca energia, dormindo mal, tendo que usar um monte de remédio como é que vai conseguir atingir o objetivo dele? Ter melhor rendimento no trabalho, mais visibilidade, ser uma melhor pessoa… então tudo que ela venha a traçar como objetivo eu vou ajustar o maquinário dela para que possa atingir o objetivo de forma mais fácil. Me considero uma pessoa que trabalha a medicina como instrumento para realização de um propósito das pessoas.
Você se interessou nessa área de impactar a vida das pessoas por alguma coisa que você já passou?
AD – Exatamente. Eu fui o meu primeiro paciente. Tudo o que eu venho hoje pregando, orientando, fazia completamente o contrário. Meu estilo de vida era inadequado, eu não praticava exercícios físicos, me entupia de remédios, antidepressivos porque tempos atrás, antes do período universitário, eu tive um quadro de depressão pesada e tomei medicações que para a época eram as mais fortes possíveis. Antidepressivos, antipsicóticos, ociolíticos… tinha 23 anos por aí. Foi um período de cinco anos que passei por um processo depressivo. E digo que é importante não rotular a pessoa que está naquele momento. E tem toda a possibilidade de poder sair. Os remédios me ajudaram de alguma forma, mas se você tratar a causa, o que está por trás disso você vira um dependente de remédio. Então o meu estilo de vida, não só minha composição física, era de uma pessoa que tinha muita azia, queimação, constipação…. todos estes problemas eu remediava. Tomava medicamentos que passava os sintomas naquela hora e no outro dia eu iria ter. Porque meu estilo de vida era inadequado, não estava condizente com o que eu queria de saúde. A partir do momento que eu estava deteriorando a minha saúde, piorando, dormindo mal, acordando cansado, sentindo meu metabolismo se modificar, ansiedade, depressão, tudo isso junto… aí surgiu esse modelo que eu comecei a buscar e a primeira pessoa que eu quis aplicar foi em mim mesmo. E quando comecei a aplicar em mim mesmo toda esta estrutura que o estilo de vida orienta, vi que funcionava. Deixei todos os meus remédios, melhorei muito minha qualidade de vida e desde então comecei a fazer com as pessoas próximas.
Mas é fácil?
AD – Não é fácil, muito pelo contrário. Em grande parte das vezes é necessário você buscar ajuda. Em algumas situações até sozinho você consegue. Mas quando você busca uma ajuda de um profissional capacitado você tem um apoio. Porque todo tipo de mudança, qualquer que seja, ela impõe uma angústia, uma dor, um momento de dúvida, que você acha que não pode ser capaz… em algumas situações eu nunca pensei que fosse desistir deste processo de mudança, mas nunca cheguei a desacreditar. Porém por diversas vezes batia um certo cansaço e uma certa vontade que se eu não tivesse um foco muito grande eu poderia desviar e não permanecer nesse caminho da mudança do estilo de vida. Então o que faz ter essa aderência é justamente encontrar algo dentro de você para justificar esta mudança. No meu caso eu tinha o que eu estava me deteriorando, cansando mais, a performance no trabalho diminuía… não conseguia ter a capacidade de poder estar ajudando a minha família, meus filhos com a mesma energia. Além da composição física que eu notava que visivelmente estava com um envelhecimento muito precoce. O objetivo e ter um sentido para ter sustentabilidade e não é fácil, não.
E como você denomina sua atividade?
AD – Eu trabalho com medicina funcional no estilo de vida. A base é você modificar o estilo de vida para obter saúde.
Psiquiatra é um médico “doido”?
AD – Ah, não! Apesar dos pacientes que me buscam não virem propriamente para uma demanda de transtornos mentais as vezes está associado porque tem uma obesidade e um quadro de transtorno de humor, uma obesidade e um transtorno de ansiedade… enfim. O psiquiatra, o médico de saúde mental trabalha com uma relação que não necessariamente seria desses transtornos, tidos como os tais “doidos”. A partir do momento que você questiona o que é normal você questiona o que é ser “doido”. Poxa, quem é que seria esse tal “doido”? O que seria normalidade? É o que a sociedade impõe que seja igual e aquilo que é o normal? Eu questiono muito o contexto do que seria “normal”. Mas o psiquiatra em si trabalha tanto os transtornos, onde há uma confusão do processo mental e que leva a um prejuízo, tanto na vida da pessoa quanto na vida social, quanto alguns quadros que não se configuram como transtornos, mas que prejudicam a performance, a felicidade do paciente. O psiquiatra além de trabalhar estes transtornos trabalha também um processo de saúde mental. Um ajuste que a pessoa está precisando naquele momento para atravessar uma situação difícil.
Como você explicaria para uma criança de cinco anos de idade o que é depressão?
AD – Eu tento explicar para meus pacientes desde as questões relacionadas a saúde mental, composição física, saúde como um todo, como se esse meu paciente fosse uma criança de cinco anos. Independente da formação que tenha, inclusive até de ser um médico, profissional de saúde. O que é importante é ter clareza do que está acontecendo mesmo que você tenha cognição e conhecimento para isso. A depressão se configura como um quadro onde a pessoa não se encontra num estado de bem-estar e felicidade que normalmente se encontrava. É uma sensação de perda, de algo de bom que você tinha e que de alguma forma naquele momento não tem. Eu falaria para uma criança: que momento você ficou contente? Ah, fiquei feliz com minha família, quando estava comendo algo, quando estava brincando no parque… então se por ventura essas coisas felizes que acontecem com você elas não existissem e você ficasse triste por um tempo mais prolongado e que gerasse em você uma apatia, uma sensação de não querer mais fazer aquilo que te fazia feliz, isso seria a depressão. Perder o prazer de coisas que você era feliz. É o mundo que termina ficando preto e branco e na verdade é colorido. O que a gente tem que fazer é botar cores nesta estrutura que está momentaneamente preto e branco. Eu tentaria traduzir para uma criança através de imagens essa percepção. Imagine seu mundo colorido e feliz, não tendo aquela felicidade, aqueles momentos quando a vida parecia um desenho animado em preto e branco. Vamos por um colorido nela.
A gente consegue identificar quais são as causas de uma depressão?
AD – Às vezes, sim. E as vezes é complexo. Porque a genética influencia, os hábitos de vida, a alimentação influencia, o que você utiliza de drogas ilícitas ou não-ilícitas também influencia, questões comportamentais, relacionamentos, trabalhos… são uma causa multifatorial. Muito dificilmente a gente consegue apontar uma causa exclusiva daquela depressão. As vezes aparentemente parece ser algo claro, como perder o emprego, se divorciou, foi traído, etc., mas quando a gente vai começar a analisar a depressão as vezes isso aí é só um gatilho, quando coisas da infância estão em stand-by terminam eclodindo junto. São causas em geral fatoriais, muito dificilmente uma em particular.
O que você recomendaria para uma pessoa que está com depressão?
AD – A primeira coisa é não se rotular como uma pessoa depressiva. Você está depressiva no momento. Você tem uma doença, uma desregulação que está fazendo o seu mundo ficar preto e branco. A melhor forma de você buscar uma saída deste processo é buscando ajuda. Inicialmente até por um psicólogo, porque ele faz essa primeira triagem até para avaliar se é um transtorno para você procurar um psiquiatra ou não. Depressão precisa que as pessoas se conscientizem que não é frescura, você não pode se vitimizar ao mesmo tempo porque estar neste momento é difícil. Mas quando tudo que acontece no mundo você se coloca como vítima isso termina dificultando sair do processo. É assumir a responsabilidade, as rédeas e procurar ajuda, em geral de um médico ou psicólogo.
Depressão tem cura?
AD – Tem cura. Transtorno de ansiedade e depressivo tem cura e você pode muito bem após este processo ser uma pessoa muito mais feliz do que era anteriormente. É uma viagem difícil, árdua, mas quando você consegue superar sai muito mais fortalecido. Sai muito melhor do que entrou. Para aquelas pessoas que estão neste processo eu até brinco: aproveite um pouquinho para questionar a vida, sentir um pouco até a própria tristeza, mas não deixando se levar por ela porque quando você sair deste processo é importante ter a percepção que pode sair mais fortalecido. Inúmeras pessoas que passaram por transtornos e depois superaram viraram grandes gênios, de destaque na sociedade…
Qual a relação entre genes e genética com a depressão?
AD – Hoje a gente fala em duas nomenclaturas. A genética e a epigenética. A genética é ter um “código de barras” que você recebe dos seus pais, que você vai nascer e morrer com ele. Até o presente momento a gente não tem como modificar a genética. Você vai ter uma pré-disposição de algumas situações e uma proteção de outras. O que termina acontecendo é que hoje sabe-se que o estilo de vida, a alimentação, o exercício físico, a suplementação que você faz termina interferindo na sua genética. Você consegue modular a expressão de alguns genes. Genes você sempre vai ter, todavia pode conseguir silenciar alguns que são mais deletérios, agressivos, que vão te causar algum mal. Como você pode aumentar a expressão de alguns genes que são positivos. Então o estilo de vida genético influencia a genética. Nós não somos vítimas exclusivamente da genética. A gente tem essa propriedade de modular esta expressão. Em relação a estilo de vida e transtornos mentais a gente sabe que há alguns componentes genéticos que podem aumentar as chances de uma pessoa ter ou não o transtorno depressivo.
Explica para a gente o que é o genomind, como ele pode ajudar na depressão e como você o aplica?
AD – É um teste genético com aproximadamente 20 genes que ele faz um estudo e hoje a gente pode fazer um teste não necessariamente com esse grupo de genes. A gente pode pedir especificamente alguns genes para ver se a pessoa tem alguma alteração que a gente chama de polimorfismo genético, quando você tem uma alteração que pode ser benéfica ou maléfica. Então, com a estrutura dos genes podemos entender que eles fazem parte do código genético que temos que vai produzir uma proteína que vai ter uma determinada função no corpo. Em relação a parte de saúde mental, a gente sabe que um neurônio conversa com outro através de substâncias que tem uma base proteica chamada neurotransmissores. Tudo que possa influenciar nesses neurotransmissores pode influenciar na sua saúde mental. Existe alguns genes que produzem algumas proteínas que são responsáveis pela degradação dos neurotransmissores. Se você tem um aumento desta degradação, você consequentemente pode ter menos neurotransmissores e ter depressão. São um dos genes que a gente termina avaliando. Por exemplo: tem um chamado ponte Catecol-O-Metil Transferase. A gente tem como avaliar a degradação destes neurônios com uma dopamina. Outro gene a gente pode avaliar alguns percussores destes neurotransmissores. Exemplo, é o que eu peço aqui quando tenho uma suspeita de uma depressão persistente de uso crônico de antidepressivos, mesmo com mudanças no estilo de vida com o paciente não conseguindo melhorar, o gene chamado MTHFR, é o gene responsável pela conversão do ácido fólico em metilfolato (parte ativa). O ácido fólico (vitamina B9) está presente em vários alimentos. Mas existem pessoas que tem alteração neste gene que não consegue fazer a conversão do ácido fólico no metilfolato. Existem um número significativo de pessoas que tem esse polimofisio. Isso faz com que você tenha menos metilfolato na circulação. E ele faz parte de uma engrenagem onde ele termina agindo como percussor de alguns neurotransmissores como serotonina e dopamina. Quem tem menos o metilfolato e a vitamina B12, que são vitaminas que avaliamos na questão do transtorno de humor, você termina podendo ter menos neurotransmissores. E se você tiver uma carga genética que possa ter uma pré-disposição a ter depressão, estas duas coisas juntas podem fazer com que seu humor fique mais pra baixo.
E isso você aplica nos seus pacientes?
AD – A gente faz as dosagens do ácido fólico, um teste chamado CMTHFR quando tem a suspeita. Não é um exame rotineiro. A gente pega as dosagens no sangue destas vitaminas, B12 e B9, quando a gente tem uma suspeita que o paciente tenha a conversão prejudicada, a gente pede esse gene. O que eu utilizo hoje de uma forma mais sistemática é esse gene específico que é o MTHFR.
Tem algum caso de alguém que sofria de depressão e se curou nesse modo?
AD – Tem. Um dos casos mais célebres é o do Jorge Pontual (jornalista da Rede Globo). Ele por mais de dez anos se utilizou de antidepressivos e não conseguia ter uma melhora. A partir do momento que ele fez esse teste, que tinha uma alteração desse MTHFR ele via que não fazia direito a conversão direito, da B9 para o metilfolato. Ele tinha menos neurotransmissores. Além disso ele tinha outro gene que aumentava a degradação. Ao mesmo tempo ele tinha diminuição e degradação acelerada, tendo menos neurotransmissores. O remédio como um todo ele não aumenta a concentração e sim diminui a degradação. Se a gente tiver pouca quantidade para que a gente venha aumentar vai precisar destas vitaminas. Foi um caso que ficou célebre. Depois de fazer as reposições do metilfolato e da B12 ele começou a ter uma qualidade de vida superior.
Sobre os remédios que muita gente toma para depressão. Vocês falam que muitas vezes é necessário, é uma muleta, mas não recomendam o uso contínuo. E muitas pessoas utilizam dessa forma. Há alguma razão em particular?
AD – Tem. Nosso corpo não nasce com déficit de remédio. Ninguém tem déficit de fluoxetina, de Rivotril… eu tenho uma situação que pode ter uma desorganização e que aquele remédio pode ser necessário por um tempo para poder ajustar até consertar a causa do problema e não precisar dele. Porque todo remédio inflige num efeito colateral e boa parte desses remédios, com exceções, terminam aumentando o grau de obesidade, de sobrepeso, a pessoa termina tendo esta repercussão que termina sendo muito negativo para a saúde. Então a gente pesa muito. Se ele tiver em um quadro crítico não vamos tira-lo desse quadro através de uma mudança de estilo de vida, pois demora um tempo. Ele vai precisar de um remédio de forma imediata para poder sair da crise e aí sim a mudança do estilo de vida que lhe dará uma sustentabilidade. Por isso que a gente fala que os transtornos de humor e de ansiedade em geral não necessitam de uso crônico de remédio, mas o remédio sim pode ser necessário. Existem patologias (doenças), como uma esquizofrenia onde tem que se usar um remédio até o restante da vida. Mas da forma como hoje é utilizado os benzodiazepínicos (remédios tarja preta) são usados de forma discriminada para diminuir ansiedade. A gente percebe é porque está existindo um processo de terceirização de culpa. A pessoa não puxa para si a responsabilidade e diz: “quero buscar uma saída, mudar minha alimentação, fazer exercício”… você tenta puxar a responsabilidade para uma droga, qualquer coisa para resolver seu problema. Todos estão em busca da “pílula mágica” para passar a tristeza, dormir melhor, emagrecer…, mas ninguém está disposto a passar por um processo para ser protagonista, onde é muito mais doloroso, mas você terá sustentabilidade para modificar. As pessoas não buscam o controle da ansiedade através de práticas como meditação, yoga, etc., mas vão atrás de um remédio. Ficam viciados e depois não conseguem sair mais sair do remédio. Quando as pessoas vêm falar comigo sobre drogas como um todo, lícitas ou ilícitas, a primeira coisa que eu pergunto é: “o que você está usando”? Ela responde, “não, não uso nada demais, só anticoncepcional, remédio para dormir”. Então você está na mesma categoria dos outros. Você está sendo hipócrita, criticando, mas está mais sujo que o outro. Pode estar um pouco mais perdido e não saber como encontrar o caminho. Essa percepção de ser permitido, aceitável, tomar de forma crônica essas tarjas pretas é prejudicial. Existe um grau de dependência, você altera suas questões hormonais, há um prejuízo para a vida, um retardo do processo de saúde…
Você fala muito de hormônios. Como eles interferem nessa questão específica?
AD – Está muito relacionado ao ritmo frenético que a gente tem. Existe um hormônio específico chamado cortisol que é fabricado por uma glândula chamada adrenal. Esse cortisol é o hormônio da energia. É importante que você tenha de manhã ele muito alto para acordar e de noite esteja baixo para você dormir. Mas o ritmo que a gente tem na nossa sociedade faz com que constantemente esteja com estes níveis muito altos. Quando eles estão elevados terminam tendo uma repercussão trágica para nosso organismo. Então faz com que a gente não tenha aumento de massa muscular, emagrecimento, os neurotransmissores não funcionam de forma adequada porque está muito acelerado. O cortisol tanto muito alto quanto muito baixo interfere justamente no receptor dos neurotransmissores, na sua ação. Você pode até ter de forma adequada, mas não estão agindo de forma adequada. O ritmo alucinante, de exposição que a gente tem hoje em dia em redes sociais, Internet, etc. faz com que a gente tenha esse cortisol elevado de forma persistente ou muito baixo e isso termina interferindo nesse neurotransmissor.
E como se pode deixar esse cortisol estável?
AD – Gestão das emoções. Buscar práticas como meditação, yoga, mas a coisa mais simples que eu falo é: em situações de grande stress não é fácil. Mas será se você buscar algo que é simples, palpável e não gasta um real chamado atenção plena. Uma âncora que pode trazer você para o agora. Pode ser qualquer coisa que seja. Desde você contar carros vermelhos na rua, ler placas de carro, ter algo que você possa tocar, observar ou simplesmente você começar a sentir onde está sentando, como está seu pé… se observar. É a forma que a gente termina encontrando de burlar esse sistema dos pensamentos mais acelerados.
Como faz para te achar nas redes sociais?
AD: @drantoniodantas que é o nosso Instagram. Nosso e-mail é o dr.antoniodantas@hotmail.com. O telefone do consultório é o 81 981034520. E a gente em breve vai estar com um canal no YouTube, além de conceder entrevistas nas emissoras locais.