ALESSANDRA REMIGIO DE FARIAS ANDRADE, graduada de Psicologia, pós graduada em Intervenções Clínicas Psicanalíticas pela FAFIRE, em Transtornos Alimentares, Obesidades e Cirurgias Bariátricas pela Faculdade UNYLEYA e em Analise do Comportamento (ABA) e Desenvolvimento Atípico pela Faculdade FAVENI. Atualmente Psicóloga Clínica e Empresária da Clínica Humanamente Psicologia. Angústia
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Feridas Emocionais

Falar sobre a infância, ou até mesmo da nossa criança interior, nas repetições e ações emocionais da nossa vida é algo comum na estrutura humana. A existência de experiências agradáveis, desagradáveis, carências, a sensação de abandono ou rejeição, geram: insatisfação, medo e até angústia. Seja adolescente, adulto ou idoso, essas manifestações psíquicas se expressam em comportamentos e pensamentos que paralisam a pessoa e podem afetar sua autoestima, limitar suas escolhas, atitudes profissionais e relacionamentos sociais. Essas vivências, em algum momento, geraram memórias dolorosas que, muitas vezes, estão relacionadas com experiências vividas com pais ou adultos significativos.

O adulto que sofreu alguma experiência de rejeição na infância, tende a rejeitar a si mesmo e aos outros, se restringe de experiências agradáveis e bem sucedidas, uma vez que sente um profundo vazio, gerando muitas vezes conflitos internos em acusar ou rejeitar os outros inconscientemente, repetindo emoções infantis e se isolando do mundo, criando um padrão de repetição comportamental.

A ferida da humilhação, se expressa no adulto a partir de experiências de abusos, seja de ordem sexual, física, emocional ou social, se apresentando como fardos sobre os ombros, se expressando através da insegurança, timidez, indecisão ou culpa, podendo até duvidar do seu direito de existir.

As feridas de traição são apresentadas por desconfiança, geralmente relacionadas à infância, não se permitindo confiar em nada e nem em ninguém. Seus medos estão vinculados à mentira, com forte tendência a se envolver em situações que irá levar as pessoas à traí-lo, constatando a sua profecia da qual se persuadiu a acreditar: “não confio em ninguém, todo mundo traí”.

A ferida da injustiça gera raiva para quem sofre com esse trauma e é possível identificar quem a vivenciou observando as reações desproporcionais e neuróticas a uma situação injusta. Quem sofre esse tipo de lesão, tem uma marca emocional que tende a não saber lidar com suas reações causando a autodestruição. Uma característica importante é seu grande medo de errar e sua tendência a buscar a perfeição, o que lhes traz muita frustração. Seu grande desafio para a cura é buscar flexibilidade e a humildade.

Infelizmente, ninguém passa ileso pela infância e nem dos traumas emocionais lá vivenciados. Os padrões tendem a se repetir e se manifestar em nossa comunicação com chantagem, manipulação e controle, afetando assim o relacionamento com nossos filhos. Entretanto, com a terapia, é possível iniciar um processo terapêutico de autoconhecimento e cura visando a quebra do ciclo vicioso em que nossos traumas nos colocaram.

Alessandra Remigio
ALESSANDRA REMIGIO DE FARIAS ANDRADE, graduada de Psicologia, pós graduada em Intervenções Clínicas Psicanalíticas pela FAFIRE, em Transtornos Alimentares, Obesidades e Cirurgias Bariátricas pela Faculdade UNYLEYA e em Analise do Comportamento (ABA) e Desenvolvimento Atípico pela Faculdade FAVENI. Atualmente Psicóloga Clínica e Empresária da Clínica Humanamente Psicologia.

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