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Resistência e Ocupação: A História do Hamas e a Conflituosa Relação com Israel

A recente escalada de conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza trouxe à tona uma das questões mais antigas e complexas da geopolítica contemporânea. Para entender plenamente essa situação, é essencial mergulhar na história conturbada da região e nas dinâmicas políticas, sociais e culturais que alimentam o conflito entre israelenses e palestinos.

A raiz do conflito remonta ao final do século XIX, quando ocorreu o movimento sionista, que buscava estabelecer um Estado Judeu na Terra Santa. O apoio internacional ao movimento culminou com a Declaração de Balfour em 1917, na qual o Reino Unido expressou seu apoio à criação de um “lar nacional judeu” na Palestina.

Em 1947, a ONU propôs um plano de partilha que dividiria a Palestina em um Estado Judeu e um Estado Árabe. A partilha foi aceita pelos líderes, mas rejeitada pelos líderes árabes. Isso levou à Guerra de 1948, que resultou na criação de Israel e no início do êxodo palestino conhecido como Nakba, ou “catástrofe” em árabe.

O conflito entre Israel e os países árabes vizinhos persistiu, levando às guerras em 1956, 1967 e 1973. Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Essa ocupação ainda é uma fonte importante de tensão na região. O Hamas, uma organização islâmica palestina, foi fundado em 1987. Ele se tornou uma figura central no conflito, buscando resistir à ocupação israelense e promover a causa palestina. O grupo é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Os conflitos entre Israel e o Hamas ocorrem periodicamente. O recente aumento das hostilidades em 2021 foi desencadeado por uma série de fatores, incluindo disputas sobre Jerusalém, o possível despejo de famílias palestinas em Sheikh Jarrah e confrontos na Mesquita de Al-Aqsa. Ele é caracterizado por um ciclo repetitivo de violência, onde ataques de foguetes do Hamas são respondidos por ataques aéreos de Israel. Civis, incluindo crianças, muitas vezes sofrimentos as consequências devastadoras desses confrontos.

A Guerra em Israel com os ataques do Hamas é uma manifestação contemporânea de uma questão profundamente enraizada na história. É um lembrete doloroso de que a paz na região é elusiva e que encontrar uma solução justa e rigorosa requer um entendimento profundo da complexidade histórica e das aspirações de ambos os lados. A busca por uma solução de importação exige diálogo, diplomacia e esforços contínuos da comunidade internacional. É essencial que todas as partes envolvidas busquem um compromisso de que levem em consideração os direitos e aspirações de israelenses e palestinos, e que permitam que uma região encontre um caminho para a coexistência de paz.

Mabel Guimaraes
MABEL CRISTINA SANTOS GUIMARÃES, pós graduada em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em Direito e Inovação pela PUC - MG,. Especialista em Business Analytics e Ciência de Dados pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Certificação em Machine Learning pela Data Science Academy, em Legal Design pela Bits Academy e Visual Law Journey pela New Law. Advogada, Membro da Comissão de Legal Design da OAB/PE e sócia do Urbano Vitalino Advogados.

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