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Neurociência, comunicação e desenvolvimento humano – Como aplicar para um Direito mais assertivo e orgânico?

O campo jurídico busca ativamente um Direito mais assertivo e orgânico. Essa busca encontra terreno fértil na convergência de três áreas: Neurociência, Comunicação e Desenvolvimento Humano. Ao compreender o funcionamento do cérebro, aprimorar as técnicas de comunicação e promover o desenvolvimento humano integral, é possível construir um sistema jurídico mais justo, eficaz e humanizado.


A Neurociência desvenda os mecanismos por trás do comportamento e da tomada de decisões. Através de técnicas como neuroimagem e neurociência cognitiva, pode-se entender como o cérebro processa informações, aprende e memoriza. Essa compreensão é crucial para o Direito, pois permite analisar a capacidade de discernimento de indivíduos em situações complexas, como em casos de crimes ou contratos; desenvolver métodos de investigação mais precisos e confiáveis; e criar ferramentas de comunicação jurídica mais eficazes, direcionadas às diferentes áreas do cérebro.


Como ponte entre o Direito e a sociedade, existe a atuação da Comunicação. Através dela obtém-se clareza, concisão e empatia. Assim, estabelecer relações de confiança com seus clientes, facilitando a compreensão de processos complexos; apresentar argumentos de forma persuasiva em audiências e julgamentos; e redigir textos jurídicos claros e acessíveis à população em geral, são algumas as atividades que podem acometer a realidade dos profissionais desta área.


Ao investir no desenvolvimento humano, o qual visa o aprimoramento das capacidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais do indivíduo, pode-se: promover a formação de profissionais mais qualificados e éticos; contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica; e desenvolver mecanismos de resolução de conflitos mais eficazes, baseados no diálogo e na colaboração.


A integração da Neurociência, Comunicação e Desenvolvimento Humano no Direito abre caminho para um sistema jurídico mais:
Assertivo: Com base em dados científicos, o Direito pode tomar decisões mais precisas e eficazes.
Orgânico: Adaptando-se às necessidades e realidades da sociedade, o Direito torna-se mais justo e humanizado.
Humanizado: Considerando a complexidade do comportamento humano, o Direito promove a resolução de conflitos de forma mais empática e eficaz.


Ao investir nesta convergência, o Direito se aproxima de um futuro mais assertivo, orgânico e humanizado. Essa união de conhecimentos contribui para a construção de uma sociedade mais justa, pacífica e desenvolvida. É preciso cautela e rigor científico para garantir que essa integração seja feita de forma ética e responsável. O Direito Regenerativo representa uma mudança de paradigma que exige um compromisso com a transformação social e a construção de um futuro mais justo e sustentável para todos.

Mabel Guimaraes
MABEL CRISTINA SANTOS GUIMARÃES, pós graduada em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em Direito e Inovação pela PUC - MG,. Especialista em Business Analytics e Ciência de Dados pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Certificação em Machine Learning pela Data Science Academy, em Legal Design pela Bits Academy e Visual Law Journey pela New Law. Advogada, Membro da Comissão de Legal Design da OAB/PE e sócia do Urbano Vitalino Advogados.

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