Amor-próprio se da pelo apreço que nutrimos por nós mesmos. Consideramos que é a raiz, é o que é essencial para a autoestima. Entendemos que ao desenvolver o amor-próprio, deixamos de ser prisioneiros do medo e nos tornamos capazes de assumir as direções da nossa vida.
Percebemos que temos amor próprio quando praticamos o que nos faz feliz, quando superamos aquilo que nos fez mal um dia, também quando nos aceitamos com nossos defeitos, fracassos, assim como identificamos as nossas qualidades e aceitamos quem somos. O momento em que adquirimos consciência de quem somos e avaliamos as nossas experiências de vida com autoacolhimento e compreensão, passamos a ter uma vida em plenitude e sabedoria, deixando aflorar assim os melhores sentimentos e sensações acerca de nós mesmos, compreendendo que somos imperfeitos e que podemos errar, além de estar disposto a melhorar sem interferências.
O autoconhecimento, autoaceitação e a autoconfiança fazem com que passamos a confiar mais em nós mesmos e acreditemos em nosso potencial.
Freud aborda que a origem do ego é uma projeção do amor próprio, do investimento do eu: “um indivíduo que ama priva-se, por assim dizer, de uma parte do seu narcisismo, que só pode ser substituída pelo amor de outra pessoa por ele” (FREUD, 1914a/1996, p. 105).
Sem amor-próprio é muito difícil sentir-se plenamente feliz. Seja para aproveitar plenamente os bons momentos ou para vivenciar mais positivamente as decepções, dores e situações desagradáveis que se mostram inevitáveis, precisamos estar minimamente de bem com nós mesmos.
O aumento da ansiedade, depressão, dificuldade nos relacionamentos interpessoais podem surgir à medida que os cuidados pessoais vão sendo deixados de lado ou para depois. A falta disso tudo pode provocar consequências que vão muito além da baixa autoestima, a falta do amor em si.