MABEL CRISTINA SANTOS GUIMARÃES, pós graduada em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Pernambuco e em Direito e Inovação pela PUC - MG, Especialista em Business Analytics e Ciência de Dados - Universidade Católica de Pernambuco, Certificação em Machine Learning pela Data Science Academy, Em Legal Design ela BITS ACADEMY e Visual Law Journey pela New Law, advogada, Membro da Comissão de Legal Design pela OAB/PE e sócia do Urbano Vitalino Advogados. Machine Learning
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Da Ficção à Realidade: O Potencial Revolucionário do Metaverso no Direito

No mundo da tecnologia, poucos conceitos capturaram a imaginação coletiva e geraram tanta especulação quanto ao Metaverso. O termo, popularizado pela literatura de ficção científica e por visionários da indústria, descreve um espaço virtual compartilhado onde as pessoas podem interagir, socializar, trabalhar e até viver. Nos últimos anos, a promessa do Metaverso tem sido amplamente divulgada, mas muitos se perguntam: o que realmente aconteceu com essa visão?

Em sua essência, o Metaverso é uma extensão da evolução da internet. Ele é imaginado como um ambiente tridimensional persistente e conectado, acessível por meio de dispositivos como óculos de realidade virtual, realidade aumentada e computadores convencionais. Nele, as fronteiras entre o mundo digital e o mundo físico se dissipam, permitindo experiências imersivas e sociais profundas.

Nos últimos anos, houve avanços experimentais na tecnologia que sustentaria o Metaverso. A realidade virtual e a realidade aumentada se tornaram mais sofisticadas, com dispositivos como Oculus Rift, HTC Vive e Microsoft HoloLens proporcionaram experiências cada vez mais envolventes.

No entanto, a jornada em direção ao Metaverso não foi tão linear quanto alguns esperavam. Várias questões foram levantadas, desde desafios tecnológicos até preocupações éticas e sociais. Assim, a sua construção exige tecnologias complexas e integradas. Questões como latência, qualidade gráfica, interatividade e conectividade são obstáculos a serem superados. Criar um espaço virtual que funcione de maneira fluida e imersiva é uma tarefa exigente, e o progresso nessa área tem sido gradual.

Para que este ambiente sejabem-sucedido requer conteúdo envolvente e interativo, como criações virtuais atraentes, jogos, atividades criativas e sociais é um desafio criativo e técnico. Sem um ecossistema de conteúdo vibrante, o Metaverso pode se tornar uma experiência vazia e sem sentido.

No entanto, à medida que o Metaverso se torna uma realidade mais próxima, questões éticas e sociais emergem. Preocupações sobre privacidade, segurança, exclusão digital e dependência tecnológica vêm à tona. Como proteger os dados dos usuários em um ambiente virtual compartilhado? Como evitar que o Metaverso amplie as desigualdades existentes?

Uma das tendências emergentes que chamaram a atenção é o conceito do metaverso sendo aplicado em demandas jurídicas. O metaverso, um ambiente virtual compartilhado e imersivo, tem sido predominantemente associado a experiências de entretenimento e pensamentos sociais, mas sua aplicação no mundo legal levanta questões interessantes e desafiadoras.

Atualmente já é utilizado em Mediação e Arbitragem Virtual, Julgamentos Virtuais, Educação Jurídica, Documentação e Evidências Virtuais. Apesar das promissórias aplicações do metaverso no campo jurídico, existem desafios a serem superados, como Segurança e Autenticidade, Acesso e Inclusão, Privacidade e Ética, Aceitação e Adaptação.

A aplicação do metaverso no campo jurídico é uma ideia empolgante que promete transformar a maneira como abordamos questões legais. No entanto, como em qualquer avanço tecnológico, é essencial abordar os desafios com responsabilidade e cuidado. A colaboração entre profissionais jurídicos, especialistas em tecnologia e reguladores é fundamental para explorar e desenvolver as potencialidades do metaverso no contexto legal. Embora haja obstáculos a superar, o uso do metaverso para demandas jurídicas representa um passo ousado em direção a um futuro mais inovador e eficiente no sistema jurídico.

Mabel Guimaraes
MABEL CRISTINA SANTOS GUIMARÃES, pós graduada em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em Direito e Inovação pela PUC - MG,. Especialista em Business Analytics e Ciência de Dados pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Certificação em Machine Learning pela Data Science Academy, em Legal Design pela Bits Academy e Visual Law Journey pela New Law. Advogada, Membro da Comissão de Legal Design da OAB/PE e sócia do Urbano Vitalino Advogados.

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