MABEL CRISTINA SANTOS GUIMARÃES, pós graduada em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Pernambuco e em Direito e Inovação pela PUC - MG, Especialista em Business Analytics e Ciência de Dados - Universidade Católica de Pernambuco, Certificação em Machine Learning pela Data Science Academy, Em Legal Design ela BITS ACADEMY e Visual Law Journey pela New Law, advogada, Membro da Comissão de Legal Design pela OAB/PE e sócia do Urbano Vitalino Advogados. Machine Learning
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DeepNudes: Uma Interface entre a Arte, Tecnologia e a Ética

A interseção entre arte, tecnologia e ética tem sido explorada de diversas maneiras ao longo da história. Com os avanços recentes, surgiu um novo fenômeno: os DeepNudes. Essa tecnologia despertou um intenso debate sobre a ética por trás de sua criação e uso.

A arte sempre esteve conectada à tecnologia. Desde a aurora da fotografia até os avanços atuais, artistas exploraram novas ferramentas e técnicas para criar obras inovadoras. Os DeepNudes podem ser vistos como uma extensão dessa exploração, sendo usada como uma ferramenta criativa. Alguns argumentam que a capacidade de gerar imagens de nudez por meio da IA ​​é uma expressão artística válida, enquanto outros criticam a objetificação das pessoas retratadas.

Os DeepNudes são um tipo de software capaz de gerar imagens realistas de nudez a partir de fotografias de pessoas vestidas. Ela utiliza redes neurais convolucionais para mapear as características de uma pessoa em uma imagem nua gerada artificialmente. O software rapidamente chamou a atenção e gerou polêmica devido ao seu potencial para a criação de pornográficas não consensuais.

A utilização não consensual de imagens pornográficas geradas por inteligência artificial viola a privacidade e a propriedade das pessoas retratadas, acarretando danos emocionais e tornando-as relações ao assédio e ao abuso. Além disso, existe o risco de disseminação em larga escala dessas imagens falsas, o que pode levar a consequências devastadoras para as vítimas.

O debate em torno dos DeepNudes também levanta questões sobre os limites da liberdade de expressão. Enquanto alguns argumentam que a segurança de software viola a liberdade criativa, outros defendem a necessidade de regulamentações para proteger os direitos e a integridade das pessoas envolvidas. Encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a proteção das vítimas é um desafio complexo.

Certamente, uma interface intrigante entre a arte, a tecnologia e a ética. Embora a capacidade de criar imagens de nudez através da inteligência artificial possa ser vista como uma forma de expressão artística, é de extrema importância reconhecer os princípios éticos associados a essa tecnologia. À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais digital, torna-se essencial abordar essas questões de forma responsável, levando em consideração a privacidade, a dignidade e os direitos humanos. Somente assim poderemos usufruir dos benefícios sem comprometer nossa ética e moralidade.

Mabel Guimaraes
MABEL CRISTINA SANTOS GUIMARÃES, pós graduada em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em Direito e Inovação pela PUC - MG,. Especialista em Business Analytics e Ciência de Dados pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Certificação em Machine Learning pela Data Science Academy, em Legal Design pela Bits Academy e Visual Law Journey pela New Law. Advogada, Membro da Comissão de Legal Design da OAB/PE e sócia do Urbano Vitalino Advogados.

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