Manuella Regina, CRP: 02/13.234. Sócia-diretora do Instituto do Espectro Autista, graduada em Psicologia Clínica e Familiar, pós graduada em Psicologia Clínica e hospitalar, pós graduanda em ABA, aplicadora ABA, VB-MAPP, M-CHAT, PORTAGE. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Colunistas Saúde

A Educação Inclusiva do Autista no Brasil

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que traz comprometimentos nas habilidades comunicativas e de interações sociais, bem como padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.

No desenvolvimento infantil as diferenças existentes entre crianças autistas e não autistas se referem às habilidades naturalistas e as aprendidas, que perpassam pela singularidade de cada indivíduo, ou seja, características próprias. Sexo, raça, cor, incapacidade física ou comorbidades, necessitando um entendimento próprio da sua capacidade de estimulação terapêutica em cada fase do desenvolvimento.

Logo, a educação infantil no Brasil, vem se desdobrando desde Dezembro de 2012 com a Lei da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei nº12.764/2012), que traz condições de deficiência e o direito à inclusão escolar em formato regular, com acesso a acompanhamento especializado, quando necessário.

Propondo desafios para instituições pedagógicas, com o aumento de crianças diagnosticadas com TEA, e paralelamente profissionais e instituições com qualificações insuficientes para abarcar este público infantil. Contudo, existe um interesse da educação em trocar diálogos com profissionais da saúde para um cuidado integrado e mais efetivo às crianças TEA e apoio aos cuidadores e familiares. Não deixando de ressaltar que a desvalorização da educação no Brasil, tanto socialmente quanto financeiramente, são reforçadoras na desqualificação do manejo do TEA.

Portanto, para que este cuidado das crianças autistas no Brasil seja efetivo, seria essencial iniciarmos com uma política pública de reconhecer primeiramente que a educação é um dos dispositivos mais importante, não apenas no aprendizado pedagógico, mas na inserção social dessa criança. Outra discussão importante, seria a remuneração decente dos profissionais da educação para que além da sobrevivência, pudessem proporcionar auto-conhecimento, igualando-se aos profissionais da saúde em conhecimento e qualidade de vida. Podendo assim, termos uma discussão mais aprofundada das necessidades dessas crianças e cuidado de fato efetivo.

Manuella Regina
Manuella Regina, CRP: 02/13.234. Sócia-diretora do Instituto do Espectro Autista, graduada em Psicologia Clínica e Familiar, pós graduada em Psicologia Clínica e hospitalar, pós graduanda em ABA, aplicadora ABA, VB-MAPP, M-CHAT, PORTAGE.

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