Manuella Regina, CRP: 02/13.234. Sócia-diretora do Instituto do Espectro Autista, graduada em Psicologia Clínica e Familiar, pós graduada em Psicologia Clínica e hospitalar, pós graduanda em ABA, aplicadora ABA, VB-MAPP, M-CHAT, PORTAGE. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
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Atividade Física no Autismo: Benefícios

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que pode apresentar comprometimentos comportamentais nas habilidades de interação social.

Contudo, como veremos, a prática da atividade física no autismo é altamente benéfica. A atividade esportiva vem se consolidando como uma prática de extrema importância na saúde dos indivíduos.

Da mesma forma, esta prática se aplica à crianças e adolescentes neurotípicas, especialmente neste artigo, nos referimos aos meninos(as) dentro do Transtorno do Espectro Autista.

Muitos estudos no mundo referem-se que a atividade física vem como uma prática de reintegração social e convívio social da criança com TEA.

Não menos importante, mas tão importante quanto, à melhora da qualidade de vida, estado emocional, cognição, autoconfiança e fisiológica. Ao utilizar práticas coletivas e individuais, tais como, natação, judô e karatê, estimula-se a autonomia, liberdade, criatividade e felicidade. Aspectos estes de fundamental importância no desenvolvimento infantil, e em especial para aquelas crianças com diagnósticos de transtornos neurológicos.

Atividade Física no Autismo: A importância do preparo e conhecimento profissional

Todavia, ao desenvolver uma prática esportiva segura junto à este público é de extrema importância o preparo e conhecimento profissional. Afinal, trata-se de um universo com especificidades, onde cada adolescente possui a sua própria individualidade, e necessita de orientação própria e constante, não podendo perder a emoção e a diversão da proposta.

Os benefícios fisiológicos e neurotransmissores trazem um efeito relaxante uma vez que há a liberação da endorfina, minimizando a ansiedade e com melhoras no desempenho de aprendizagem ou no comportamento de modo geral, desenvolvendo o cognitivo, aumentando a atenção, percepção e comunicação.

Devemos ressaltar que a família é parte importante no processo desta criança ou adolescente. É a partir da família que toda a informação e colaboração na evolução e desempenho da prática esportiva inicia-se. Sendo assim, existe disponível um instrumento de avaliação para ser aplicado entre idade de 03 a 22 anos, chamado Vineland Adaptive Behavior Scales-2 (VABS-2). O instrumento possui 156 itens, e entre estes itens avalia a vida diária, comunicação, socialização, habilidades motoras e tem como objetivo avaliar deficiências correlatas ao autismo.

Em conclusão, o autista pode se beneficiar com atividades físicas individuas e/ou em grupos tais como, natação, judô, karatê, futebol, entre outras no que tange a sua reintegração social e convívio social. No entanto, é necessário o profissional em prática esportiva estar cada vez mais preparado, assim como o envolvimento da família no processo de introdução à prática esportiva, para que se obtenha uma melhora na qualidade de vida da criança ou adolescente com TEA, no estado emocional, na autoconfiança e na cognição.

Então, fica a dica: atividade física no autismo é de extrema importância!

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Manuella Regina
Manuella Regina, CRP: 02/13.234. Sócia-diretora do Instituto do Espectro Autista, graduada em Psicologia Clínica e Familiar, pós graduada em Psicologia Clínica e hospitalar, pós graduanda em ABA, aplicadora ABA, VB-MAPP, M-CHAT, PORTAGE.

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