Primeiramente, de acordo com Albuquerque (2004), a era da contemporaneidade é uma era que se vive não como “direito de ser feliz”, e sim como o dever ou “obrigação inadiável” da tal felicidade. E como se não bastasse a obrigação, é necessário que a “felicidade seja euforicamente exposta, visível a todos” (ALBUQUERQUE, 2004, p.106). Neste artigo, vamos explorar a importância do autoconhecimento em períodos de euforia e depressão.
O autor afirma, ainda, que o homem vive numa sociedade de espetáculo e se apresenta como um ator em cena, precisando encenar a performance na sua melhor forma. E se esta produção não for de acordo com as exigências da era, não será possível atrair os aplausos do público. Assim, não será possível ser visto e reconhecido em sua grandeza, restando assim, a depressão e o pânico, para “aqueles que se veem aprisionados pela lógica do espetáculo e impossibilitados de nele se inserirem a contento” (ALBUQUERQUE, 2004, p.106).
A depressão ocupou um lugar que antes era visto como o “estou triste” e hoje na era contemporânea. Na cultura ansiosa, a não–alegria já chama atenção para algo patológico e que requer a necessidade de medicação. “Afinal, os antidepressivos também são produtos a serem consumidos” (ALBUQUERQUE, p. 106).
É com esta demanda de subjetividade que o profissional de Psicologia irá trabalhar o acolhimento do outro na clínica. E tentar minimizar junto a ele, um esvaziamento para com suas angústias e possíveis conscientizações. Cuide da sua mente e aprenda a lidar com a suas emoções. Ostentação nos dias de hoje é ter a saúde mental em dia.
EM RESUMO, TERAPEUTIZE-SE!
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