Manuella Regina, CRP: 02/13.234. Sócia-diretora do Instituto do Espectro Autista, graduada em Psicologia Clínica e Familiar, pós graduada em Psicologia Clínica e hospitalar, pós graduanda em ABA, aplicadora ABA, VB-MAPP, M-CHAT, PORTAGE. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
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Nova forma de rastreio para autismo infantil

O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), por décadas apresentou-se como um desafio para os cientistas. Por conta da complexidade do domínio do diagnóstico no meio científico, existem dificuldades na validação dos trabalhosinovadores. No último ano, foi publicado um artigo na Revista Nature Science, pela Dra. Karen Pierce, sobre: “Validação em larga escala de um biomarcador de rastreamento ocular em idade precoce de um subtipo de transtorno do espectro do autismo”(Março, 22). Este estudo refere-se a nova forma de triagem através do uso de uma máquina para fazer leitura do movimento da pupila. O procedimento é chamado pela Dra. Pierce de “Eye Tracking”, e deve ser com pacientes entre dezesseis e trinta meses. Vale salientar que este marcador não define o diagnóstico, mas rastreia o fator de risco para autismo precocemente. Após o resultado, se encaminha o paciente para uma equipe multisciplinar fechar o diagnóstico. Outro aspecto importante para destacar é o papel do marcador que é avaliado durante o rastreio. Este é um marcador social, serão apresentado imagens abstratas e com ou sem pessoas. Esta tecnologia somente é utilizada em ambiente fechado e controlado, sem o alcance de estímulos naturais.

Os benefícios a curto prazo, será a possibilidade de rastreamento precoce de autistas em comunidades de baixa. Provavelmente existem no Brasil crianças não diagnosticadas em TEA. Visto que, as famílias não possuem acesso à rede de serviços especilizados no seu diagnóstico. Consequentemente, o exame “Eye Tracking” pode de grande valia para o SUS realiozar diagnósticos precoce à estas crianças. Esta tecnologia já foi aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) no Estados Unidos. Logo, sua aprovação pela ANS não deveria ter dificuldades. Por fim, o investimento nesta tecnologia precisa ser colocada em pauta para futuras discussões políticas e de associações médicas.

Manuella Regina
Manuella Regina, CRP: 02/13.234. Sócia-diretora do Instituto do Espectro Autista, graduada em Psicologia Clínica e Familiar, pós graduada em Psicologia Clínica e hospitalar, pós graduanda em ABA, aplicadora ABA, VB-MAPP, M-CHAT, PORTAGE.

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